terça-feira, 7 de agosto de 2012

Apaixonando-se


             Ela entrou em meu escritório sem hora marcada e perguntou à minha secretária se poderia falar comigo durante cinco minutos. Eu conhecia Janice há muito tempo. Ela estava com 36 anos e nunca se casara. Havia namorado vários rapazes no passar dos anos: um deles durante seis anos, outro durante três e diversos por curtos períodos de tempo. De vez em quando ela marcava uma consulta comigo para conversar sobre alguma dificuldade específica que estivesse atravessando em algum de seus relacionamentos. Ela era, por natureza, uma pessoa disciplinada, consciente, organizada, reflexiva e cuidadosa. Era completamente fora de suas características aparecer em meu escritório sem ter hora marcada. Eu pensei: “Só alguma crise terrível faria Janice vir aqui sem marcar hora!” Então, eu disse à minha secretária que a deixasse entrar. Eu realmente esperava vê-la debulhada em lágrimas, contando-me alguma trágica experiência logo ao abrir a porta. No entanto, ela literalmente pulou para dentro da sala, gritando animadamente. Perguntei-lhe:
— Como vai, Janice?
— Ótima! Nunca estive melhor em toda minha vida! Vou me casar!
— É mesmo? (Eu disse demonstrando minha surpresa!)
— Com quem? Quando?— Com David Gallespie, em setembro.
— Isso é maravilhoso! Há quanto tempo vocês estão namorando?
— Três semanas. Sei que é loucura, Dr. Chapman, depois de ter namorado tantos outros e de tantas vezes ter chegado perto do casamento. Eu mesma não consigo acreditar, mas sei que o David é o rapaz certo para mim! Pela primeira vez, nós dois descobrimos isso juntos. É claro que não falamos sobre esse assunto na primeira vez que saímos, mas uma semana depois ele me pediu em casamento. Eu sabia que ele me pediria e eu aceitaria. Nunca me senti assim antes, Dr. Chapman. O senhor conhece os relacionamentos que tive nesses anos todos e as lutas que enfrentei. Em cada um deles, alguma coisa não dava certo. Nunca tive a certeza de que deveria me casar com algum deles, mas agora sei que David é a pessoa preparada por Deus!
Nesse momento Janice balançava-se para frente e para trás em sua cadeira, rindo e dizendo:
— Sei que parece loucura, mas estou tão feliz! Nunca estive tão feliz em toda minha vida.

O que acontecia com Janice? Ela estava apaixonada. Em sua mente, David era o homem mais maravilhoso que ela já conhecera.
Ele era perfeito em todas as formas e também se tornaria o marido ideal. Ela pensava nele dia e noite. O fato de David já ter sido casado duas vezes, possuir três filhos e ter passado, somente no ano anterior, por três empregos diferentes, não lhe importava. Ela estava feliz e convencida de que seria feliz para sempre ao lado dele. Ela estava apaixonada.
A maioria de nós entra para o casamento pela porta do amor. Ocorre de conhecermos alguém que possui características físicas e marcas em sua personalidade que disparam nosso sistema de alerta.
Os sinos tocam, e iniciamos o processo da descoberta de quem é aquela pessoa. No primeiro encontro pode ser servido um hambúrguer ou um belo churrasco, dependendo do nosso orçamento, mas nosso real interesse não é a comida. Entramos em uma empreitada para conhecer o amor. “Será que esse sentimento ardente, borbulhante dentro de mim pode ser algo real?” Algumas vezes essas borbulhas desaparecem logo no primeiro encontro, ao descobrirmos que ela, ou ele, funga. Dessa forma, as borbulhas escorregam por nossos dedos e não queremos mais comer hambúrguer com aquela pessoa. Outras vezes, porém, as borbulhas aumentam mais ainda, após aquele lanche. Arrumamos vários outros encontros e, pouco tempo depois, o nível de intensidade chega a ponto de afirmarmos: “Acho que estou apaixonada (o)!” Pensando que o sentimento é algo real, contamos à outra pessoa esperando que isso seja recíproco. Se não é, as coisas dão uma esfriada, ou então redobramos nossos esforços para impressionar e acabamos, eventualmente, conquistando o amor de nosso (a) amado (a). Quando há reciprocidade começamos a falar sobre casamento, porque todos concordam que estar apaixonado é um alicerce necessário para se manter um bom casamento.

Nossos sonhos, antes de
nos casarmos, são de êxtase
conjugal... É difícil pensar-se
qualquer outra coisa, quando
estamos apaixonados.

Nesse patamar, estar apaixonado (a) é uma experiência eufórica. Um fica emocionalmente obcecado pelo outro. Dorme-se pensando nele (nela). Levanta-se e aquela pessoa é a primeira coisa que nos vem à mente. Ansiamos por estar juntos. Gastar tempo um com o outro é como estar na antecâmara do céu. Quando andamos de mãos dadas, é como se nossos corações batessem no mesmo compasso. Beijaríamos um ao outro para sempre, se não tivéssemos de ir à escola ou ao trabalho. O abraçar estimula sonhos de casamento e êxtase. O rapaz apaixonado tem a ilusão de que sua amada é perfeita. A mãe pode ver falhas, mas ele, não. A mãe diz:
— Querido, você já considerou o fato de que ela esteve em tratamento psiquiátrico durante cinco anos?
Ele, porém, replica:
— Oh, mãe, dá um tempo! Já faz três meses que ela está de alta.Seus amigos também vêem algumas falhas, mas não se atrevem a dizer nada, a menos que ele peça, e as chances disso acontecer são inexistentes porque, em sua cabeça, ela é perfeita e o que os outros pensam, não lhe importa.
Nossos sonhos, antes de nos casarmos, são de êxtase conjugal:
— Vamos fazer um ao outro super felizes. Outros casais podem discutir e brigar, mas isso não acontecerá conosco! Nós nos amamos.
Naturalmente, não ficamos de todo enganados. Sabemos, ao utilizar o racional, que teremos algumas diferenças. Porém, temos certeza de que conversaremos abertamente sobre elas, um de nós cederá e assim chegaremos a um denominador comum. É muito difícil pensar algo diferente quando se vive um clima de paixão.
Somos levados a acreditar que, se realmente estivermos apaixonados, esse amor durará para sempre. Os maravilhosos sentimentos dos quais partilhamos no momento nos acompanharão até o fim de nossas vidas. Nada se interporá entre nós. Estamos enamorados e aprisionados pela beleza e charme da personalidade um do outro. Nosso amor é a melhor coisa da qual já desfrutamos.
Notamos que alguns casais chegaram a perder esse sentimento, mas isso nunca acontecerá conosco. Fazemos, portanto, a seguinte colocação:
“É possível que eles nunca tenham sentido um amor verdadeiro como o nosso!”
Infelizmente, a eternidade da paixão é uma ficção e não um fato. A psicóloga Dorothy Tennov desenvolveu longos estudos sobre este fenômeno. Após estudar os comportamentos entre os casais, ela concluiu que o tempo médio de extensão da obsessão romântica é de dois anos. Se a paixão foi um fruto proibido, talvez dure um pouco mais. Eventualmente, todos nós descemos das nuvens e pisamos com nossos pés em terra novamente. Nossos olhos abrem-se e passamos a enxergar as “verrugas” da outra pessoa. Descobrimos que alguns de seus traços de personalidade são realmente irritantes. Seus padrões de comportamento aborrecem-nos. Possuem também capacidade para machucar e irar-se, e utilizam também palavras duras e julgamentos críticos. Esses traços que não percebemos quando estávamos apaixonados tornam-se agora enormes montanhas. Então nos recordamos das palavras ditas por nossa mãe e perguntamos a nós mesmos: “Como pude ser tão tolo?”
Bem vindos ao mundo real do casamento, onde fios de cabelo sempre estarão na pia e respingos brancos da pasta de dente estarão no espelho; discussões ocorrem por causa do lado de se colocar o papel higiênico: se a folha deve ser puxada por baixo ou por cima. E um mundo onde os sapatos não andam até o guarda-roupa e as gavetas não fecham sozinhas; os casacos não gostam de cabides e pés de meia somem quando vão para a máquina de lavar. Nesse mundo, um olhar pode machucar, uma palavra pode quebrar. Amantes podem tornar-se inimigos e o casamento um campo de batalha sem trégua.
O que aconteceu com a paixão? Que coisa! Foi uma ilusão que nos enganou e levou-nos a assinar nossos nomes na linha pontilhada... na alegria e na tristeza. Não é de se admirar que tantos amaldiçoem o casamento e o ex-cônjuge, a quem um dia amaram.
Além disso, se fomos enganados, temos o direito de ficar bravos.
Será que foi realmente amor? Acho que sim. O problema é que houve falta de informação.
A principal falha na informação é o falso conceito de que a paixão dura para sempre. Deveríamos saber disso. Uma simples observação é o bastante para concluirmos que, se as pessoas permanecessem obcecadas pela paixão, estaríamos em grandes apuros. As ondas da paixão iriam de encontro aos negócios, à indústria, à igreja, à educação e ao restante da sociedade. Por quê?
Porque pessoas apaixonadas perdem o interesse nas outras coisas.
Por esse motivo também chamamos a paixão de obsessão. O estudante colegial que entra em uma “paixão avassaladora”, vê suas notas despencarem. É difícil concentrar-se nos estudos quando se está apaixonado. Amanhã vai cair na prova a Segunda Guerra
Mundial. Mas, quem se importa com essa guerra? Quando se está apaixonado (a), tudo o mais parece irrelevante. Um certo senhor me disse:
— Dr. Chapman, meu trabalho é estafante! Eu, então, lhe perguntei:
— O que você quer dizer com isso?— Eu conheci uma garota, apaixonei-me por ela e desde então não consigo fazer mais nada! Não consigo concentrar-me no serviço.
Fico o dia inteiro sonhando com ela! A euforia do estado de paixão concede-nos a ilusão de que estamos em um relacionamento bem íntimo. Sentimos como se nos pertencêssemos um ao outro. Passamos a pensar que somos capazes de enfrentar qualquer problema que surja. Sentimo-nos altruístas em relação um ao outro. Um jovem disse a respeito de sua noiva:
“Não consigo nem pensar em fazer algo que a magoe. Meu único desejo é vê-la feliz!”
Essa obsessão dá-nos o falso sentimento de que nossas atitudes egocêntricas foram erradicadas e tornamo-nos um tipo de “Madre Teresa de Calcutá”, de tão desejosos que ficamos de fazer qualquer coisa para o bem de nosso (a) amado (a). A razão pela qual nos sentimos tão à vontade para fazer tais coisas, deve-se ao fato de sinceramente acreditarmos que a pessoa por quem estamos apaixonados sente o mesmo por nós. Cremos que ela também está comprometida em suprir nossas necessidades, e ama-nos tanto quanto a amamos e também nada fará para nos magoar.
Esse modo de pensar é realmente uma utopia. Não é que sejamos hipócritas quanto ao que pensamos e sentimos, mas estamos dominados por expectativas irreais. Cometemos um erro de avaliação da natureza humana. Normalmente somos egoístas. Nosso mundo resume-se em nós mesmos. Ninguém é inteiramente altruísta. A euforia da paixão é que estabelece essa ilusão.
Uma vez que a experiência da paixão siga seu rumo normal (é bom lembrar que, em média, a paixão dura por volta de uns dois anos), retornamos ao mundo real e começamos a nos impor. Ele expressa seus desejos, mas são diferentes dos dela. Ele deseja sexo, mas ela está muito cansada! Ele quer comprar um carro novo, mas ela diz que essa idéia é um absurdo. Ela quer visitar os pais, mas ele diz que não quer gastar tanto tempo com a família dela. Ele quer jogar futebol, mas ela diz: — Você gosta mais de futebol do que de mim!!
Gradativamente a ilusão da intimidade dilui-se e os desejos individuais, as emoções, os pensamentos e os padrões de comportamento assumem seus lugares. Tornam-se duas pessoas.
Suas mentes não se fundiram em uma só e suas emoções misturaram-se superficialmente no oceano do amor. Agora, então, as ondas da realidade começam a separá-los. Eles saem do domínio da paixão e nesse ponto muitos desistem e separam-se, divorciam-se e partem em busca de uma nova paixão; ou então desenvolvem o árduo trabalho de aprenderem a amar-se mutuamente sem a euforia da paixão.
A experiência da paixão não possui enfoque em nosso próprio crescimento, nem no crescimento e desenvolvimento do cônjuge. Dificilmente também fornece o senso de realização. Alguns pesquisadores, entre eles o psiquiatra M. Scott Peck e a psicóloga Dorothy Tennov, chegaram à conclusão de que a experiência da paixão não deveria, de forma alguma, ser chamada de amor. Dr. Peck concluiu que o apaixonar-se não é amor verdadeiro, por três razões:

Primeira, apaixonar-se não é um ato da vontade nem uma escolha consciente. Não importa o quanto desejemos, não conseguimos apaixonar-nos voluntariamente. Por outro lado, mesmo que não busquemos essa experiência, ela pode, simplesmente, acontecer em nossa vida. Muitas vezes apaixonamo-nos no momento errado e pela pessoa errada!

Segunda, apaixonar-se não é amor verdadeiro porque não implica em nenhuma participação de nossa parte. Qualquer coisa que façamos apaixonados, requererá pouca disciplina e esforço. Os longos e dispendiosos telefonemas realizados, o dinheiro gasto em viagem para ficarmos juntos, os presentes, e todo trabalho envolvido, nada representam. Da mesma forma que os pássaros constroem instintivamente seus ninhos, a natureza da pessoa apaixonada impulsiona na realização de atos inusitados e não naturais, de um para com o outro.

Terceira, a pessoa apaixonada não está genuinamente interessada em incentivar o crescimento pessoal daquela por quem nutre sua paixão. “Se temos algum propósito em mente ao nos apaixonarmos, é o de terminar nossa própria solidão e, talvez, assegurar essa solução através do casamento”.
A paixão não se focaliza em nosso crescimento pessoal e nem tampouco no da outra pessoa amada. Pelo contrário, a sensação é a de que já se chegou onde se deveria alcançar e não é necessário crescer mais. Encontramo-nos no ápice da felicidade e nosso único desejo é continuar lá. E nosso (a) amado (a), naturalmente, também não precisa mais crescer, pois já é perfeito (a). Esperamos somente que ele (ela) mantenha essa perfeição.


Se apaixonar-se não é amor, então o que é? Dr. Peck afirma: “É um componente instintivo e geneticamente determinado do comportamento de acasalamento. Em outras palavras, um colapso temporário das reservas do ego que constituem o apaixonar-se; é uma reação estereotipada do ser humano a uma configuração de tendências sexuais internas e  estimulações sexuais externas, as quais designam-se ao crescimento da probabilidade da união e elo sexual, tendo em vista a perpetuação da espécie”.

Quer concordemos ou não com essa conclusão, os que dentre nós se apaixonaram e também saíram desse estado de paixão, concluirão que essa experiência arremessa-nos a uma órbita emocional diferente de qualquer outra que porventura experimentamos. A tendência é o rompimento com a nossa razão, o que nos leva a fazer e a dizer coisas que nunca faríamos, ou diríamos em momentos de maior sobriedade. De fato, quando saímos desse estado de paixão, questionamos como pudemos ter feito tais coisas.
Quando a onda da emoção passa e voltamos ao mundo real, onde as diferenças são notórias, quantos de nós fizemos para si a pergunta: “Por que me casei? Não combinamos em nada!” No entanto, quando estávamos no auge da paixão, pensávamos que combinávamos em tudo — pelo menos, em tudo que era importante.
Isso significa que, por termos sido “fisgados” dentro da ilusão da paixão, encontramo-nos agora frente a duas opções: 1 — estamos destinados a uma vida miserável com nosso cônjuge, ou 2 — devemos nos separar e tentar novamente? Nossa geração tem optado pela última decisão, ao passo que a anterior escolheu a primeira.
Antes de concluirmos automaticamente o fato de que fizemos a melhor escolha, devemos examinar os dados. Atualmente, 40% dos primeiros casamentos, nos Estados Unidos, terminam em divórcio; 60% dos segundos e 75% dos terceiros, também. Pelo que se pode ver, a perspectiva de um segundo e terceiro casamentos felizes, não é muito atingida.
As pesquisas realizadas parecem indicar que existe uma terceira e melhor alternativa: reconhecer que a paixão é o que é — um pico emocional temporário — e então desenvolver o amor verdadeiro com nosso cônjuge. Esse tipo de sentimento é de natureza emocional, mas não obsessivo. É o amor que une razão e emoção. Envolve um ato da vontade e requer disciplina, pois reconhece a necessidade de um crescimento pessoal. Nossa necessidade emocional básica não é apaixonar-se, mas ser genuinamente amado (a) pelo outro; é conhecer o amor que cresce com base na razão e na escolha e não no instinto. Preciso ser amado por alguém que escolheu me amar, que vê em mim algo digno de ser amado.
Esse tipo de amor requer esforço e disciplina. É a escolha que fazemos de gastar nossa energia em benefício da outra pessoa, sabendo que, se sua vida é enriquecida por nosso esforço, também nos sentimos satisfeitos — a satisfação de termos realmente amado alguém. Não exige a euforia na experiência da paixão. Para falar a verdade, o amor verdadeiro não começa enquanto a experiência da paixão não tiver seguido seu curso.

Amor racional, volitivo,
é o tipo de amor para o qual
os sábios nos conclamam.

Não se devem levar em consideração os atos de bondade praticados por alguém que se encontre sob a influência da paixão obsessiva. Uma força instintiva impulsiona e suscita ações que vão além do comportamento normal. Porém, um retorno ao mundo real onde se inclui a escolha humana, permite optarmos por sermos gentis e generosos, o que é o amor verdadeiro.
A necessidade emocional de amor deve ser suprida se formos emocionalmente saudáveis. Adultos casados desejam sentirem-se amados por seus cônjuges. Sentimo-nos seguros quando nossos companheiros aceitam-nos, desejam-nos e estão comprometidos com nosso bem-estar. Durante o estágio da paixão sentimos todas essas emoções. É fantástico enquanto dura. Nosso erro é achar que ela nunca acabará.
Essa obsessão, no entanto, não dura para sempre. Se equipararmos o casamento a um livro, poderemos compará-lo à introdução do mesmo. O âmago desta obra é o amor racional e volitivo. Esse é o tipo para o qual os sábios sempre nos conclamam. É um amor intencional.
Essa é uma boa notícia aos casais que perderam seus sentimentos de paixão. Se o amor é uma opção, então eles possuem a capacidade de amar após a experiência da paixão haver passado e regressarem ao mundo real. Esse tipo de amor inicia-se com uma atitude — o modo de pensar. Amor é a atitude que diz: “Sou casado (a) com você e escolho lutar pelos seus interesses!” Então, os que optam por amar encontrarão formas apropriadas para demonstrar essa decisão.
Alguém pode comentar: “Isso parece tão estéril! Amor como uma atitude e com um comportamento apropriado? Onde estão as estrelas cadentes e as fortes emoções? Onde ficam a ansiedade do encontro, a piscada de olho, a eletricidade do beijo e o entusiasmo do
sexo? E a segurança emocional de se saber que ocupamos o primeiro lugar na mente da outra pessoa?”
Este livro é exatamente sobre isso. Como suprir as profundas necessidades de amor de uma pessoa? Se aprendermos e optarmos por isso, então o amor que compartilharmos tornar-se-á melhor do que qualquer coisa que possamos sentir enquanto dominados pela paixão.
Durante vários anos tenho compartilhado o conceito das cinco linguagens do amor em meus seminários e nas sessões de aconselhamento. Milhares de casais atestarão a validade do que você descobrirá através desta leitura. Meus arquivos estão lotados de cartas de pessoas com quem nunca me encontrei, dizendo: “Um amigo meu me emprestou uma de suas fitas sobre ás linguagens do amor e sua mensagem revolucionou meu casamento. Tínhamos tentado há anos amar-nos, mas não conseguíamos. Agora que falamos as linguagens adequadas do amor, o clima emocional de nosso casamento tem melhorado muito!”
Quando o “tanque do amor” emocional de seu cônjuge está cheio e ele se sente seguro de seu amor, o mundo todo fica mais claro e ele caminha para atingir o mais alto potencial de sua vida. Porém, quando este “reservatório” está vazio e ele se sente usado e não amado, o mundo todo parecerá escuro e não conseguirá utilizar seu potencial de vida. Nos próximos cinco capítulos explicarei as cinco primeiras linguagens emocionais do amor e então, no de número 9, ilustrarei como descobri-las, pois podem tornar seu esforço de amar mais produtivo.


Capítulo 3 – Livro: As Cinco Linguagens do Amor

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